sábado, 23 de janeiro de 2010

Equipes resgatam uma pessoa viva para cada mil mortos no Haiti


Para cada mil mortos, um sobrevivente resgatado. Este é o saldo médio do trabalho das equipes de emergência que atuam no Haiti após o terremoto que atingiu o país no último dia 12.

Nos dez dias seguintes à tragédia, 132 pessoas foram retiradas com vida dos escombros das casas e prédios que desabaram no país caribenho. O número de mortos, no entanto, é arrasadoramente maior: 111.499, de acordo com a última contagem oficial.

A proporção tende a piorar nos próximos dias. Enquanto estimativas dão conta de que pelo menos 200 mil pessoas morreram em virtude do tremor, o governo haitiano encerrou oficialmente as buscas por sobreviventes nesta sexta-feira (22).


Os trabalhos de resgate contaram com a participação de 1.900 socorristas e 160 cães treinados, divididos em 67 equipes.

A partir de agora, a ajuda humanitária se concentrará em auxiliar as milhares de pessoas que perderam suas casas e que não têm alimentos, especialmente na capital, Porto Príncipe, e nas cidades mais devastadas.

Apesar da matemática mostrar uma inevitável derrota dos socorristas diante das dimensões da tragédia, os números não importam muito para aqueles que ajudaram a retirar pessoas com vida dos escombros do tremor.

Ernest Benjamin, que trabalha no Sinai Hospital de Nova York e se voluntariou para ir ao Haiti como socorrista, retirou uma mulher de 84 anos dos escombros da casa onde ela morava em, Porto Príncipe, dez dias após o tremor. Ele explicou o sentimento:

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